AINDA HAVIA UMA CHANCE

01/10/2023 às 09h47
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A vida é bem mais do que uma sequência de acontecimentos aleatórios com fatores abstratos norteando nossos dias. Seguir adiante transformando situações por vezes desagradáveis ainda é a melhor opção e por isso em um entendimento bastante sucinto posso dizer que até as desilusões que abalam nossa existência são bálsamo quando geram em nós… Expectativas!

– Ainda Havia uma Chance! –

“Está tudo tão bagunçado. Me viro e reviro de um lado para o outro, ou será que te viro!? De ponta cabeça, de frente para trás, ao avesso talvez!? Sei lá, às vezes acho que não entendo… Fato é, que tenho buscado respostas, procurado motivos, entendido razões que nunca me foram claras. E agora gritam…. As razões? E também as Vozes!

Vozes que sussurravam meu nome me fazendo adormecer lentamente, embalavam meu sono permitindo esquecer as turbulências, o arrastar de cada dia, hoje gargalham, arrancam as conformidades e me chamam para brincar, querem que eu corra, que eu ame, que beije e abrace, exigem que eu viva!  Evitando que eu morra!

Por vezes me permiti o circundar de pensamentos vãos, sonhos vagos, dias atônitos, noites sem emoção, caminhos sem destino algum, desfalecia aos poucos sem perceber a razão. Eu não via, mas tinha! Ela sempre existiu, andava comigo como se fosse uma sombra, ocupava um espaço que arrancou de mim sem preocupação alguma, me conhecia bem, sabia dos meus limites… Ah! Desilusão.

Quisera ter sido mais leve esse nosso conviver, até pensei ser possível, por crer ser inevitável dadas as circunstâncias. Em algum momento da vida permiti tua chegada e te instalei com esmero em mim, te dei o melhor lugar da casa, essa que sempre cuidei com carinho por ser um espaço tão meu, deixei que ocupasse meu coração, o melhor e maior o mais confortável dos cômodos pois ali eu guardava tudo que tinha de mais valioso, as lembranças, os amores, a saudade e até as dores, os sorrisos que eu nunca esqueci , palavras que me foram ditas e aquelas eu ousei dizer quase que em silêncio por serem tão íntimas… Tesouros que me pertenciam! Minutos de distração… E tu os levou contigo, sem a minha permissão.

Ou será que eu deixei!?  De tudo que eu tinha restou apenas uma pequena caixa nomeada EXISTÊNCIA já bastante envelhecida, de recordações distantes, e dentro dela somente restos de um SER pequeno a exaurir-se também, dadas as insurgências vividas, mas…. Ainda guardava um significado, migalhas de ESPERANÇA! Quis proteger e guardá-la, tanto que esqueci.  Sim! Mas isso não quisestes levar, não combinava contigo!  Julgando-me derrota deu as costas, foi embora, em um amanhecer qualquer simplesmente abandou-me. 

Respirei aliviada. Ainda havia uma chance!  A vida tem dessas coisas. Sentimentos acontecem quase que sem prenúncios, quando bons são euforia, alegram, nos fortalecem, ruim mesmo é a tristeza que entra em nós com destreza, rouba paz, nos adoece… Melancolia em excesso!  DESILUSÃO, com certeza!”

Sobre o autor

Claudia oliveira

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