SENTIMENTO DE VAZIO, TEDIO E SOLIDÃO É A CAUSA DE MUITO SOFRIMENTO

15/12/2023 às 09h16
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No propósito de encontrar algo (um fenômeno) que esteja, hoje, fazendo o homem entrar em sofrimento psíquico, isto é, algo que esteja afligindo o homem contemporâneo; dediquei meus esforços em um tópico pertinente. Assim, o tema para a pesquisa revelou-se: o vazio existencial.

Através dessa pesquisa sob o tópico não foi difícil constatar que os indivíduos contemporâneos vivem mergulhados em profundo vazio, tedio e solidão; esse vazio tornou-se na contemporaneidade um desafio para o homem. Na ânsia de não senti-lo, o ser humano busca no consumismo, no individualismo e na falta de limites os ensejos para seu tamponamento. Essa válvula de escape, tem desencadeado nos indivíduos uma gama de sofrimento profundo. O presente artigo tem como objetivo abordar, de modo sucinto esses sofrimentos, e apresentar algumas dicas eficazes para amenizá-los.

Por razões ainda não muito compreendidas, cada um de nós parece viver com um vazio no peito, uma falta de alguma coisa, algo que ninguém entende muito bem, mas é algo que muita gente sente. Uma saudade indescritível, a sensação de estar em um mundo estranho, a falda de ideal etc.  E na tentativa de escapulir-se desse vazio muitos enveredam por caminhos os quais leva-os ao sofrimento e até mesmo a morte. O vício é o caminho largo que leva o homem a aniquilar-se: fisicamente, psiquicamente e moralmente.

Uns recorre a comida, outros o uso exagerado de redes sociais ou as drogas, ao álcool, cigarro, pornografia e compras; tudo em excesso. Porém, ao tentar preencher esse vazio dessa forma o indivíduo tem uma sensação de prazer, de satisfação, muito embora seja momentânea, o que caracteriza de falsa sensação de prazer, pois, o vazio permanece. Novamente aquele sentimento de que lhe falta algo, de que você está perdendo algo…. É então que você sente a necessidade de aumentar o prazer e a satisfação que seu vício lhe proporciona, aumentando o consumo do seu objeto de prazer, e isso aumenta o seu sofrimento; este é de natureza diversas, desde o isolamento social a doenças físicas e psíquicas…  

Se olharmos ao nosso redor verá que não é difícil identificar alguém com uma expressão de tedio ou de angústia, e é possível que esteja passando por algum tipo de sofrimento. Seja ele qual for a sua natureza. O que ocorre é que o vazio não acaba, ele vai sempre existir, portanto, é o sentimento de vazio que tem que acabar. Mas, como acabar com esse sentimento?

Enumerarei algumas dicas de como se livrar do sentimento de vazio de uma vez por todas. Essas dicas preciosas que livrarão você do inferno que você mesmo cria para si, são extraídas da sabedoria de grandes sábios, que com certeza, mudará a sua vida. Mas, antes sugiro algumas indagações que você fará a si mesmo; só então tomará para si as dicas as quais mencionei.

01) Que tipo de Ser humano que você gostaria de ser?

02) Qual o seu ideal?

03) Você deseja mudar a sua vida, deseja que seu futuro seja diferente do que é agora?

04) Você costuma se auto comparar com outras pessoas?

05) Você identifica algum trauma sofrido lá na sua infância e por consequência se auto sabota?

06) Qual é a sua visão de mundo, como você se ver como pessoa?

07) Em algum momento você tem se colocado no lugar do outro, e tem desenvolvido a prática da reciprocidade e da gentileza?

08) Você costuma se auto observar e avaliar o seu comportamento, as suas ações e ter consciência do seu pensar?

09) Você se ver como uma pessoa vaidosa?

10) A solidão é para você uma aliada companheira ou é a causa de tristeza e sofrimento?

A pergunta é: como acabar com esse sentimento de vazio existente em cada um de nós?

Quando nos pergunta que tipo de ser humano gostaríamos de ser, a primeira coisa que nos ocorre é uma profissão, a que nos eleva a um status, entretanto esqueçamos do Ser que somos como ser humano, dotados de valor pelo o que é e não pela sua ocupação, pelo o que faz. E ao nos vermos como um ser que faz perguntamos    a nós mesmos: somos realmente felizes como somos? Estamos preparados para sermos a mesma coisa até o final de nossa vida ou teremos, em algum momento, algum tipo de inquietude?

Quem já pensou nisso?

Antes de mais nada, deveríamos nos construirmos como ser humano melhor, de carater sólido com uma visão de mundo fundamentada em valores e não em construir coisas… E sem essa base psicológica de valores morais e espiritual a coisa fica perigosa, pois, depende do que é construído e para que fim é construído. Percebe-se então, que as pessoas, na sua maioria, são o que as circunstâncias determinam, ou seja, elas são massificadas.  Outras até têm uma meta pessoal, projeção pessoal; projetos pessoais de vida e não sentido de vida. E se quer considerar sentido de vida, o que você quer ser, há de ser alguma coisa que justifica toda a sua vida, e não o que você possui ou o que se ocupa; pois, na ausência desses muitos caem em depressão, porque essas coisas não são sentido de vida e sim realização de      meta pessoal.

Quando você refletir sobre si mesmo e constatar que a vida que tem deixa-lhe a desejar e, certamente, você é tomada por um forte desejo de mudar de vida; não é mesmo? Afinal partimos da máxima de que somos o que queremos ser, porém, é importante compreender que a mudança deve acontecer de dentro para fora. Em primeiro lugar você tem que mudar a sua visão de mundo, de como ver as coisas, e organizar os seus pensamentos, orquestrá-los para só então dá início a sua nova vida. Nessa nova vida, é positivo incluir dois fatores primordiais para que você se torne uma pessoa melhor; inclua a prática da gentileza, da generosidade, pois, o estar sempre no lugar do outro, e praticando a reciprocidade, fará você um ser humano melhor. Lembre-se do último gesto seu que iluminou o seu dia: um favor simples de um colega ou um elogio inesperado, esses momentos aparentemente insignificantes muitas vezes permanecem em nossa memória porque tocam em uma força poderosa em nossa psique humana a reciprocidade, é aquele impulso interno que nos faz querer retribuir quando alguém nos oferece bondade, além da mera etiqueta é uma parte fundamental de quem somos; reconhecer e aproveitar essa força pode transformar a maneira como as pessoas percebem e se relacionam com você.

Certamente, em algum momento, você compara-se com outra pessoa, seja por admirá-la seja por inveja.  Ter admiração a alguém que se destaca pelo que faz ou pelo que é não há mal algum, na vida temos os nossos heróis os quais nos espelhemos, o que não pode é nutrir-se de sentimento de inveja, pois esse é um sentimento destrutivo, tóxico que só traz energia negativa; em todo caso, é melhor evitar as comparações, pois estas, muitas vezes nos trazem sentimentos que nem sempre são positivos, podendo afetar negativamente nosso bem-estar emocional e dificultar o nosso crescimento pessoal.  Além disso, isso diminui nossa autoestima, pois corremos o risco de cair na armadilha da comparação desfavorável, focando no que achamos que não temos, em vez de reconhecer nossos próprios pontos fortes e conquistas…

Na maioria das vezes recorremos as redes sociais (fonte vasta de informações…) a procura do que julgamos precisar, buscamos: conexão, informação, inspiração ou entretenimento; parece empolgante, não é? Mas aqui reside um perigo sutil: a comparação constante. Ocorre que essa comparação pode nos levar a um ciclo de insatisfação e inveja. Percebe como isso pode ser bastante prejudicial? É necessário que perguntemos a nós mesmo, depois que voltarmos a realidade de nossas vidas: até que ponto as redes sociais estão nos afetando negativamente? 

Por algum trauma na infância, muitas pessoas procrastina a própria vida, seja por insegurança, medo ou por falta de iniciativa proveniente da ausência de autoconfiança, elas deixam de tomar decisões importante para a sua vida…  Se esse for o seu caso, entenda que já está na hora de você buscar identificar quais são esses traumas. Após o reconhecimento do mesmo, busque uma forma de saber lidar com eles e não permita que esses procrastinadores de seu futuro impeçam você conquistar os seus ideais. E, se for necessário recorrer a ajuda de pessoas que possa ajudá-la, pois então recorra.  

A prática de se autoanalisar é uma prática poderosíssima, é através da autoanálise é que possamos conhecer-nos a nós mesmos. E tendo em mão esse conhecimento o mundo descortina diante dos nossos olhos, nos encantando e nos proporcionando uma vida melhor.

Tudo fica mais fácil quando conhecemos a nós mesmo: o que gostamos, o que queremos, e como somos como individuo; se somos vaidosos ou não, se alegres, comunicativos ou reservados, desleixados ou caprichosos. Essas características são indicadores de como é o nosso viver; e vale lembrar que o autocuidado é primordial para que tenhamos uma vida saudável e feliz. Quando adotamos bons hábitos de vida como cuidar do corpo: com exercícios físicos, com bons hábitos alimentar, saudável, e sempre que puder procura evitar estresse, dessa forma você estará contribuindo com a sua saúde e consequentemente a ter uma vida longa. É importante também cultivar boas amizades, e procurar fazer o que mais gosta; somando a isso procura evitar estresses desnecessário.  

Na busca do autoconhecimento, algumas pessoas preferem levar uma vida de monastério, no intuito de alcançar a sua solitude e finitude.  A meditação é uma ótima opção para aliviar o estresse cotidiano, e o contato direto com a natureza é, também uma boa escolha; a música instrumental, suave, tem sido também uma boa opção para quem busca relaxar-se. Uma vida serena, conectada com o Universo não só nos traz paz como também nos proporciona saúde, bem-estar e felicidade; e não se esqueça que você é o gestor de seus pensamentos e estes são o que determinam que tipo de vida você leva.   

Espero que no final da leitura deste artigo, você possa fazer uma reflexão acerca de alguns apontamentos aqui citado acerca do tópico, certo de que será útil a você.  

Sobre o autor

Valda Fogaça

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Comentários

1 comentário

  1. Encarar a vida com boa autoestima, harmonia e amor próprio; o tédio e a solidão não encontrarás espaço, afirmo hoje que eu sou a minha melhor companhia, acredite….

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