Li uma vez que somos plantas com emoções, e salvo as particularidades de cada espécie, essa metáfora traz várias reflexões.
Podemos falar de uma parte importante da planta que é a raiz – órgão responsável por fixar a planta ao solo e também absorver água, compostos e substâncias necessários para o desenvolvimento da mesma. Das diversas formas e sentidos de crescimento e conforme a espécie da planta, ela se adapta ao solo em busca de cumprir sua função. Também em nós, as raízes são importantes. Espiritualmente falando, óbvio.
Como as árvores, costumamos ser conhecidos por nossos frutos, folhas e flores. Nenhum biólogo vai arrancar uma árvore para avaliar sua raiz para identificar de que espécie se trata. Em nós, essa parte não fica visível. Ninguém além de Deus conhece elas a fundo. Muitas vezes nem nós mesmos.
Imagine árvores depois de uma tempestade; é comum percebê-las destruídas, com galhos quebrados e com os frutos no chão. Depois de um tempo, os galhos quebrados rebrotam e árvore segue seu ciclo. Quero dizer que se o fruto de uma planta apodrecer, ou um galho quebrar, nada acontece de grave com ela.
Porém, quando as raízes são afetadas – fracas, adoecidas ou cortadas, toda planta perece. É provável que essa planta não resista a temporais, a fortes estiagens, ou outra intempérie.
A verdade é que o vento que quebra galhos flexíveis e adaptados, acaba com a floração e derruba frutos não atinge a raiz firme.
E também é verdade que aquilo que produzimos nos identifica e nos caracteriza no mundo, em meio a tantas pessoas. Porém, estamos correndo um grande risco em nossa sociedade que é dar demasiada atenção para nossa “copa” (galhos, flores, frutos e folhas) e nos esquecermos que o que nos firma, nos impulsiona a crescer e é de fato responsável por nossa frutificação – as nossas raízes.
Viviane Martinello, pastora e escritora que tem sido uma das autoras brasileiras mais vendidas atualmente, cita em seu livro ‘Mulheres Enraizadas’ o seguinte: “A raiz é sempre mais importante que a árvore”. A afirmação é tão verdadeira e profunda que me fez refletir em onde, sinceramente, tenho focado meu desenvolvimento.
Nos galhos, tronco … que fariam comparação a minha força motora? Ou nas minhas folhas e flores (exterior)? Ou nos frutos (aquilo que produzo e ofereço ao mundo)? E quanto do meu tempo eu dedico a observar minhas raízes, analisar o solo em que me fixo – já que diferente de uma árvore posso mover-me (física e espiritualmente)?
Neste texto eu gostaria de deixar estas reflexões: Em qual parte você está focando do seu crescimento? Você analisa suas raízes depois de uma tempestade? Quando você se nutre, pensa em todas as partes suas que precisam se fortalecer?
Peça a Deus que ilumine sua mente para perceber que partes suas precisam de cuidados e correções e entregue a Ele esse processo de maturidade e fortalecimento.
Todos nós somos ovelhas perdidas, passando por dificuldades e procurando abrigo.
Andamos pelo mundo e não encontramos o que queremos; falta sempre algo para nos completar.
Saímos em busca de algo bom. Seguimos conselhos de pessoas que, assim como ovelhas que seguem sem pastor, também não sabem o caminho seguro. Vamos atrás do que parece bom, e no meio desse caminho descobrirmos que só parece. Continuamos andando porque pensamos que vai melhorar mais à frente e o resultado é que hora ou outra vamos sofrer.
Por que sofremos? Por que demoramos tanto a perceber o erro no caminho?
Porque vamos atrás da voz de ovelhas, da voz de “amigos”, que muitas vezes são lobos que se infiltram entre os cordeiros e não tem intenção de nos ajudar.
Nosso maior equívoco é não refletir. Ouvimos as primeiras palavras e já seguimos. No desespero, na carência, na ansiedade não discernimos de quem é a voz. Não refletimos nas consequências de seguir tal caminho, de tomar determinada atitude. Pensamos: “Melhor do que ficar aqui perdido, sozinho.” No fundo algo dizia: “espera” mas tão perdido estava… “esperar o que? “
Um dia, depois de sofrermos emaranhados em espinhos, sujos, com fome, sede e frio, percebemos que aquela voz era de alguma outra ovelha que pensava ter se encontrado – mas ela também não sabia o caminho- então, fazemos o que deveríamos ter feito desde o início: oramos.
A verdade da frase: “O fundo do poço te ensina lições que o topo da montanha jamais te ensinaria” nunca é tão clara como em momentos assim. E é no desespero que Deus nos encontra, porque verdadeiramente compreendemos de quem precisamos. É aí que pedimos aos céus por uma luz… e então uma voz diferente de todas as outras nos chama. Ali encontramos alívio, refrigério, descanso… é a voz do pastor, que nos chama pelo nome e nos carrega no colo quando não temos mais forças.
Reconhecemos a voz porque Ele nos levou as pastagens… nos levou ao campo… mas queríamos subir colinas, queríamos pastagens mais coloridas sem saber que aquelas cores não nos faziam bem, que aquelas colinas eram muito íngremes e que não era o momento de subirmos. Sozinhos não conseguiríamos então nos perdemos. Choramos, gritamos… até que nós ouvimos a voz dele e então sabemos …
Maturidade e sabedoria também se aprende. Na busca do conhecimento procure aprender o que e com quem, e também quem sim e quem não.
Aprenderemos a reconhecer a voz do pastor quando estivermos perdidas. Mas podemos aprender enquanto seguimos o que Ele nos deixou escrito.
Temos muito o que aprender com o Evangelho. Ali se encontra o conhecimento sobre todas as áreas da nossa vida e é o primeiro passo para nos encontrarmos. O pastor já nos encontrou, ele nunca descuidou de nós, apenas precisamos prestar atenção, reconhecer seu chamado e segui-lo.
Se estiver em perdido, procure um local seguro e ore, peça direcionamento e espere pela voz que traz paz e segurança. E assim como quando Jesus chamou seus apóstolos eles largaram o que estavam fazendo e o seguiram que você o siga. Vá com Ele e saberá, sem dúvida, que aquele ali é o caminho.
Deus não quer pessoas perfeitas, Deus quer pessoas … pois “O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido” (Mateus 10:11
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