ASTER

22/05/2025 às 09h18

Aster” era assim: um gatinho peludo e assustado que vivia a se esconder por entre os galhos de um pé de macieira que enfeitava o quintal da casa de dona Joana. Certo dia, ele comeu tantas maçãs que, de longe, quem passava por ali podia confundi-lo com elas.

Do outro lado da rua havia uma gatinha muito elegante com pelos cor-de-rosa, laços de fita laranja na cabeça que corria de um lado a outro a sacudir um pequeno sino dourado a volta de seu pescoço.

Aster só tinha olhos para a bela Missy. Escondido, ele a observa, mas sem coragem para aproximar-se. Segundo o que se comenta de sua história, ele fora abandonado por seus pais quando ainda era um bebê.

Durante muito tempo ele precisou aprender a sobreviver nas ruas escondendo seus verdadeiros sentimentos até que um certo dia ele esbarrou em Joana, ou será que foi Joana que esbarrou nele? Bem, isso não tem tanta importância agora.

O fato importante nessa história é que Aster ganhou uma nova chance de se reencontrar com a sua melhor parte através de um lar repleto de cuidado e amor. Mesmo assim, Aster ainda insistia a esconder seus sentimentos por receio de críticas e julgamentos.

Então, ele passou a refugiar-se por entre as árvores tendo apenas como companhia as maçãs. Buscava se sentir seguro e ali seria o abrigo perfeito.  Mas em seu peito, sentia uma vontade enorme de se aproximar da bela Missy, a felina que lhe desperta sentimentos ainda desconhecidos. Descer daquela árvore era um risco que hesitava em correr, o que lhe causava muita inquietação.

Em sua mente vinha um pensamento: Será que vou sobreviver se descer daqui? E o que poderia oferecer a Missy? O que Aster não sabia ainda é que na maioria das vezes, a nossa mente, mente. Eis que numa certa manhã ensolarada, Aster sentiu-se um tanto ansioso.

Não compreendia o porquê, tudo estava bem, no mesmo lugar de costume… Mesmo assim, após subir na macieira, saciar a sua fome, algo lhe faltava. 

Queria muito descer daquela árvore, provar de outras frutas, conhecer outros lugares, e ao lado de Missy para um novo mundo despertar. Durante algum tempo aquela árvore fora tudo para ele, mas agora não mais.

De repente o vento começou a soprar forte naquela manhã balançando os galhos da árvore fazendo com que as maçãs começassem cair ao chão, uma a uma.

Nesse instante, Aster compreendeu que aquele lugar que um dia fora seu porto seguro, já não é mais como antes. Seu coração pulsou mais forte nesse dia e então ele decidiu saltar. Seu corpo estremeceu, ele respirou profundamente, fechou seus olhos por alguns instantes, e com a coragem de um leão sob a luz do sol o mais lindo de todos os saltos aconteceu.

Ao tocar suas patinhas no gramado, Aster pôde sentir a maciez com que as folhas o saudaram. Um novo sentimento nele brotou, uma conexão profunda sentiu. O ar se tornou mais leve, um sorriso discreto em seu semblante se manifestou e ao voltar seu olhar para o lado, pode ver a bela Missy de pertinho.

A felina com seu jeitinho delicado e olhos cor de âmbar o encantou; neste momento, não tinha mais como disfarçar, o eclipse aconteceu. Então, com amor Missy lhe sussurrou ao pé do ouvido: “Achei que você nunca iria descer daquela árvore, já estava ficando cansada de correr pelo gramado de um lado a outro só para chamar a sua atenção”!

Juntos, dissolveram o véu da ilusão que mantinha Aster em cima daquela árvore e a lua rosa para dois corações serenos acenou.

Aster estava tão obcecado por sentimentos do passado que não conseguia perceber o olhar de Missy para ele. O que ele não sabia é que na noite anterior, Missy havia feito uma oração. Em prece, pediu a mãe natureza para que lhe ajudasse a ter um encontro com Aster. O vento que está sempre de ouvidos atentos logo lhe atendeu ao chamado transformando assim, o seu dia.

Reflexão: Às vezes, tudo que precisamos é apenas de um sopro do vento que balance os galhos da nossa árvore para que tomemos uma decisão e faça tudo mudar.

Fica aqui o meu convite para mais uma reflexão.

Porque será que Aster não queria descer daquela árvore?

Que sentimentos havia nutrido durante anos que o mantinham ali?

E Missy, diferente de Aster, quais sentimentos nutria? Boa reflexão, até breve.

ERA UMA VEZ UMA FOLHA DE PAPEL EM BRANCO…

22/04/2025 às 08h57

Que aparecia ora num livro, ora noutro. Ansiava por ocupar um espaço que fosse seu. Por um encontro com traços e letras que, sobre seu corpo, formassem palavras, versos, colorindo a mais bela de todas as canções.

O tempo passava e a folha, em meio a livros empoeirados de bibliotecas esquecidas, já começava a amarelar-se. Mas eis que numa manhã ensolarada, um raio de luz ultrapassou as cortinas de uma janela e veio a iluminar uma pequena caixa de madeira esquecida num canto qualquer.

Curiosa, a folha em branco se aproxima, um tanto desconfiada examina com cuidado a pequena caixa que estava envolta a teias de aranha. De repente, ela se depara com uma descrição sobre a moldura que dizia mais ou menos assim: “Comece Hoje a Transformar o seu Dia!”.

Ao abrir a tampa, surgem de seu interior lápis de cores infindas. Já tinha algum tempo que os lápis que haviam sido esquecidos dentro daquela caixa, também ansiavam por um encontro. Comovidos, os lápis começam a deslizar delicadamente por sobre a folha em branco como se quisessem lhe fazer um carinho.

Desse encontro mágico, da folha em branco com os lápis coloridos eis que nascem os primeiros rabiscos de uma nova história, de um novo livro.

O casamento perfeito então acontece e a alegria toma conta da folha que agora não está mais em branco pois tudo que brota de seu interior ganha forma, ganha vida.

Durante todo esse movimento o silêncio em sua mente se fez presente abrindo espaço para o mundo da magia. Inspirada ela pôde ouvir a canção que lhe vinha do coração e com gratidão começa a cantarolar…

Numa folha qualquer

Eu desenho um sol amarelo

E com cinco ou seis retas

É fácil fazer um castelo…

Com um lápis em torno da mão

Eu me dou uma luva…

E se faço chover com dois riscos tem um guarda-chuva

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel

Num instante imagino uma linda gaivota voar no céu… (Toquinho)

Sentindo-se livre como a gaivota, a folha também ganha um par de asas e juntas voam para além do mar. 

Reflita comigo.  Alguma vez, você já se sentiu assim, como essa folha de papel em branco?

Deixo aqui o meu convite para que hoje você se inspire nessa ideia, solte a sua imaginação e comece a colorir a sua história. 

Namastê!

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