FECHAR PORTAS

27/03/2024 às 14h57

“Mudança dá um trabalho…” Ouvi uma senhora comentando com a outra, enquanto desviava o caminho com seu carrinho de feira -, para abrir espaço para o caminhão estacionar. No condomínio em que moro é um entra-e-sai constante, principalmente no início dos anos.

Embora a gente saiba que empacotar tudo para desempacotar depois, gasta bastante energia, requer disposição e vontade –  mesmo assim -, a gente faz. E faz porque sempre procuramos algo melhor, o que não temos. O que falta.

Confesso que rotina é um ponto alto da minha vida porque dá uma certa confiança no manejo dos dias e eu me sinto confortável assim. Mas por outro lado sou uma pessoa extremamente fácil de se adaptar às mudanças. Houve uma época em que mudei bastante, de residência mesmo. E também de ideia, de cidade, de gosto, de estilo, de hábitos. E vivo me surpreendendo. Porque no final de tudo, sempre acabo pensando que demorei a tomar determinada decisão.

Só que nem sempre a mudança resolve.

Depois de tanto mudar e provar isso ou aquilo, a gente percebe que a mudança externa, essa que enche os olhos dos outros e também alimenta o nosso ego, nunca é plena. Porque a gente muda a roupa, o perfume, a conta bancária, o cabelo; mas no fundo, continua faltando um pedaço. E falta porque muitas vezes deixamos uma fresta. Aquela porta entreaberta que não permite um adeus verdadeiro. Para mudar é preciso dar tchau. Aquele “fui” para o que não serve mais. Porque a verdadeira mudança acontece quando o olhar está certeiro à frente e a gente é capaz de ouvir de longe a porta bater. Lá atrás. No passado. No que ficou. Porque agora, a vida caminha em outra direção…

O QUE A GENTE QUER É PAZ

28/02/2024 às 08h10

Tirei um dia para mim. Ainda que forçosamente porque o carro ajudou pedindo socorro. Fazendo lembrar que não podemos adiar o que é imprescindível por conta das demandas, já que, o que não pode faltar, custará mais caro se ficar para depois. Um dia de colocar tudo no lugar, pois na correria, mesmo que a gente nunca se esqueça, acaba deixando de lado.

Sempre analiso meus passos quando percebo que estou cansada demais, acumulando mais e mais trabalho. Ainda que a busca gire em torno de oferecer meu melhor, é preciso ajustar com o bem-estar e qualidade de vida. Porque se o caminho é equilibrar todos os pratinhos, correr ou aumentar o número de pratos, tende a dificultar muito o negócio.

No meio de todo o morde-e-assopra que a vida impõe, são em momentos de pausas que recalculo a rota. Naqueles instantes em que consigo olhar para o agora, sem tirar o poder do antes nem a maestria do depois. Ainda que vencidas as batalhas, a gente sempre acaba voltando ao mesmo lugar. Aquele lugar que é colo. Porque no fundo, o que a gente quer, é paz.

O jeito é parar. Realinhar as desordens, corrigir as ranhuras, apurar os remendos. Nada supera uma mente sã e um coração tranquilo. No final das contas, ao retornar, esticando as pernas e relaxando o corpo, sorrindo me recordo: nada é mais indispensável quanto o conforto do meu próprio lar. Muitas coisas podem ser adiadas, deixadas para trás, só nunca me esqueço que na vida, nada pode custar a minha santa paz.

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