Imersos no dia a dia, em nossa rotina apressada, envoltos em compromissos a gente vai passando o tempo, na verdade vamos sendo absorvidos por ele. Não estamos habituados a ter como primeira atitude do dia, antes mesmo de sair da cama o ato de agradecer! Algo que parece ser simples, mas que se torna difícil a todos aqueles que estão sempre “correndo contra o tempo”, a grande maioria de nós vive assim. Muitas vezes pensar é muito importante, usar a mente ativa nossa sensibilidade, não existe, porém, nada que se compare a força que tem a palavra. Reside com certeza, dentro de cada SER uma capacidade incrível de se autorestaurar através desse sentimento que faz verdadeiros milagres na vida de todos nós GRATIDÃO é a palavra, a ação que dá sentido a tudo, sentido real aos nossos dias…. Seja grato e sinta o quanto sua vida será transformada!
Presente em meus dias, em cada detalhe…
“Acordei ao teu lado sorrindo. Meu mundo ruía, eu nada entendia, apesar dos pesares eu estava feliz…. Talvez sem motivos, emoções bagunçadas, busquei no improviso um jeito indelével de existir, nada tinha a perder, deixei me guiar, dei maior importância ao que tu me dizias, falava ao ouvido, tocava meu peito, alegrou minha alma e me fez entender… A vida acontece, melhora ou piora de um momento para o outro. É ponto de vista!? Quem sabe!? Tudo depende da gente, do jeito que se quer ver, apenas aquilo que se quer enxergar. Muitas vezes eu não quis! Passei pelo tempo, andei entre sonhos, alguns pesadelos, esperanças e medos, de tudo eu já tive, mas… jamais me perdi. Mudei o trajeto, peguei outras estradas, mas o destino final esse, não mudou, estava em meu íntimo, sempre fui eu em tantas de mim! Precisei entender. Eu ainda acreditava naquilo que estava por vir. Sentia! E embora não visse, ainda assim foi mais forte, maior do que eu, me pegava no colo, embalava meu sono, secou minhas lágrimas. Não senti abandono, havia calma… Ironia! Não! Acomodação de algo que chegava sem pressa, por vezes me confundia, se alocou em meu peito, serenou minhas noites, momentos que eu me desfiz em pedaços, entre prantos vaguei e não sucumbi…. Meus dias atônitos, ficaram estranhos, estavam sem cor. Eu deveria estar triste. Não estava. Buscava em mim mesma um sentido, alguma razão, um resquício que fosse daquilo que eu conhecia, de tudo que um dia eu já fui, a minha autenticidade, sanidade, a razão…. Meus motivos de batalha, luta, transformação, e bem sei que… ainda estavam lá, quietos, não forçaram presença, respeitaram meu tempo, esperavam por mim. Confiaram! E eu também confiei. Acreditei ser capaz, remexi minhas caixas, abri as gavetas, limpei esse cômodo que abrigou tanta gente, tantos risos, os amores, as emoções e as dores, preocupações… Morada que me escondeu…. Na verdade, me abrigou, cuidou do meu SER, ajustou meu sentir, protegeu o meu EU! Um corpo cansado, imperfeito, que embora desajustado não me deixa desistir. Resiste! Me ergue e me leva adiante. Os anos passaram e tu me curou, sem nada cobrar deitou-se ao meu lado, em silêncio… E hoje vejo melhor, tudo é mais claro, nem tão bonito talvez, mas… real. Recordo minhas passagens, as lições que aprendi, me lembro de cada abraço, beijos que eu pude dar, amores que eu vivi, cada lembrança a guardar…. Ah como eu fui feliz! Ainda sou… Eu havia esquecido! Me fizestes recordar. Justo hoje, quando tudo me pareceu perdido. Não estava! Meus motivos de alegria por certo são bem maiores. Vicejam em mim todos dias, basta que eu acorde… Sou grata a ti por se fazer presente dentro desse cômodo que me guarda com carinho, te mostra com sutileza na vida de quem já se sentia de tudo ausente… Vejo as coisas, a vida e as pessoas de tantas outras maneiras, transformei os meus conceitos, olho com calma ao redor e me deparo com todas as alegrias que eu tive, momentos incríveis que não voltarão mas que de um jeito ou de outro fizeram de mim alguém capaz de reviver a si mesma, se reencontrar em contextos que serviram de base pra chegar até aqui. Gratidão que se fez aporte em tudo que há em mim… Te sinto em cada detalhe, em cada novo amanhecer”!
Recordações são sensações incríveis, fazem a gente passear no tempo, chegam a qualquer instante sem aviso, sem nos pedir licença, simplesmente se aproximam e arrancam de nós um sorriso no canto da boca, um brilho diferente nos olhos, um pulsar mais acelerado em nosso coração, às vezes até algumas lágrimas. Elas nos fazem refletir e dar um novo sentido a tudo que é parte inseparável de nós. Quando estamos dispostos a entender, aceitar e acolher em nós certos comportamentos ocorridos em ocasiões que já não podem mais ser alteradas é como se a gente pudesse passar a limpo uma história de um jeito mais leve, fica um pouco mais bonito e percebemos então que não precisa doer, restarão apenas as sensações que emocionaram e que deram cor e brilho aos momentos que não voltarão, mas que marcaram vidas, nos fizeram sentir únicos, protagonistas de cenas que talvez até se repitam mas agora… Em outros cenários! Reavalie seus conceitos. Aprenda a relembrar com carinho e tudo se tornará mais leve!
Vento que me faz recordar…
“E eis que me surpreende ao chegar assim, sem aviso. Em ocasiões distintas de um jeito tão singular, quando se faz sentir de maneira adversa… por vezes forte demais saciando tua pressa chega e desarruma tudo, sem esperar permissão leva o que tem pela frente, outras vezes no entanto te aproxima mansamente, tão sublime e sereno, quase imperceptível, vem pairar em minha volta, te queixa de minha ausência e suplica, querendo ficar ali pra sempre, como quem observa a distância um riso soprado, um pranto escondido, um beijo roubado… Me abraça com calma, envolve meu corpo, beija-me a face e traz lembranças de um cheiro bom, perfume que já senti, sublimei em momentos que guardei em mim e que ainda me causa certa inquietação.
Foram especiais! Os momentos? Sim, e o cheiro também! As lembranças? Sim, as lembranças e o brilho dos olhos que vi pela última vez a despedirem-se de mim, sem que eu ao menos soubesse…. Não pude impedir. Não me foi permitido. Ficou o perfume marcando um tempo, um fato importante, o amor que eu tive, meu próprio descuido em momento de distração, arrebatamento. Sem escolha segui, precisei ir adiante, deixei de chorar, não quis entender, só sentia que amar era apenas sinônimo de sofrer, ao menos naquele instante…Só agora eu sabia, sentia e fingia, sem deixar transparecer!
A ninguém importava. Mas o tempo ajeita tudo e o vento disfarçado em outros nomes, outras bocas, residente em outros corpos, se encarrega de dispersar a dor, o pranto, o sofrimento, o desencanto, do mesmo jeito que também sacode a gente fazendo barulho, sussurrando ao ouvido que ainda dá tempo…. É preciso viver! Amar outra vez! É preciso arriscar-se porquê… nunca é tarde demais! E eu entendi, me levantei, persisti! Reuni meus pedaços, refiz um contexto, firmei os meus passos, renasci. E agora tu chegas, vem trazendo contigo tantas recordações.
Sim. Tu trazes, revive e refaz eu sentir tudo outra vez! Não fosse tua chegada vindo sei lá de onde, sem saber porque motivo, eu estaria em paz, no mesmo lugar de sempre, absorta em afazeres que ainda ocupam meu tempo, perfazem meus dias, mas que jamais preencheram a falta de tudo que deixei lá atrás, guardado, esquecido, na verdade escondido, porque esquecer de verdade também não me foi permitido…
O vento e tuas lembranças sempre foram tão iguais chegando e partindo, deixando-me aqui, a espera de uma incerteza. Eu ouvia teu riso, tua conversa agitada, as desculpas de improviso quando olhando em meus olhos dizia ter compromissos… mentiras insanas, falsidades camufladas, migalhas que tu me davas, muitas vezes foi assim, e eu sempre acreditava, jamais questionei, aceitava. Ingenuidade!? Inocência!? Não, eu apenas te amava.
E não me arrependo. Dei o melhor de mim, e tive de ti tudo que foi possível, a gente dá o que tem e afinal entendi, transformei em meu íntimo o teu existir, cuidei de ti, te guardei… com carinho, com calma, em meu coração e aquietei minha alma. Foi melhor assim. O tempo passou. Hoje amo sem dor, compreendo teus motivos, não guardo rancor e sou capaz de sentir o mesmo cheiro que vem com o vento a provocar emoções, razões que já não machucam.
Aprendi a reconhecer o teu toque que quando desajustado me encontra busca em mim os anseios, desejos não saciados, tudo que não fizemos… E quando chega em silêncio apenas me faz sentir saudade e lembrar do perfume que marcou um tempo… passado, vivido. Tempo que eu quis guardar”!
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