Parece que a vida real ocorre aqui fora nessa realidade que estamos inseridos, onde as coisas são tangíveis, mas, ao mesmo tempo, tudo isso parece não fazer sentindo, porque cada um de nós vê a realidade de uma maneira diferente. Em um conflito entre duas pessoas, cada uma está certa de que tem a razão, cada indivíduo defenderá o seu lado com “unhas e dentes”, convicto de que está imbuído da verdade.

Empregamos esforços nas batalhas mais vãs e não percebemos que estamos presos em uma teia perigosa. Estamos sempre olhando para fora, para o lado, para o outro e para algum problema que parece não ter fim. Enquanto tudo isso nos distrai, deixamos de olhar para o que realmente importa.

Existe um lugar que é fonte de tudo o que jorra para fora de nós, que tem o poder de mudar a única coisa que está no nosso controle. Para que a vida comece a ter sentido, precisamos deixar de lado as distrações, temos que mudar a perspectiva e entender de uma vez que a vida acontece dentro de nós.

Quando fazemos um mergulho íntimo e compreendemos quem somos, quais são as nossas frustrações, quais são as nossas habilidades e quais são os nossos sonhos, começamos a viver a nossa própria vida. Poderemos sentir dor ao confrontarmos certos sentimentos, mas é libertador compreender que somos responsáveis por tudo o que vivemos, que jamais poderemos mudar a realidade aqui fora ou o comportamento de alguém, contudo podemos mudar a maneira de olhar para as situações e para as pessoas.

Quando nos perdoamos também somos capazes de perdoar os outros. Quando nos compreendemos também somos capazes de compreender os outros. Quando nos amamos também somos capazes de amar. O mundo não precisa de julgamentos e mágoas, o mundo precisa de amor. Quanto amor você tem para oferecer?

Quanto mais damos, mais recebemos, não importa o que for, receberemos sempre mais do que entregamos. Veja o que você está recebendo de volta, pois isso indica o que a sua fonte está jorrando. Só você pode escolher aquilo que está disposto a oferecer, independente do que o mundo nos ensina, pois temos um ensinamento muito maior e que faz muito mais sentido: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem”(Romanos 12:21). Olhe para dentro, busque a serenidade e a alegria de viver. Os problemas não deixarão de existir, mas passaremos por eles com paz de espírito, aprendendo e seguindo para uma nova fase, nos desvencilhando da teia que nos prende até estarmos completamente livres e prontos para voar.

Querido(a) leitor(a),

Esta é uma carta aberta! Não é um alerta, um conselho ou uma verdade absoluta, mas acredito que muitos podem refletir a partir deste texto.

Hoje quero falar com você que está vendo a sua vida passar numa velocidade assustadora, que percebe que o tempo já foi mais gentil do que tem se mostrado. Você notou que aquilo que antes demorava uma década para acontecer agora transcorre em poucos meses?

Estamos vivendo um tempo diferente, moderno, com certeza! Mas também implacável. Será que a sua ansiedade ajuda a acelerar tudo ao seu redor? Embora não tenhamos o controle do tempo, podemos acalmar a nossa mente nos conectando àquilo que nos faz bem: uma boa música, um pensamento agradável, uma poesia ou uma prece.

Às vezes é preciso silenciar esse mundo onde todos querem impor suas opiniões. Quem falou  que devemos ter sempre razão? Quem nos deu a falsa sensação de que estamos no controle de tudo?

Será que estamos, na verdade, sendo controlados por todas essas informações que bombardeiam nossas mentes consciente e inconsciente? Talvez você tenha se distanciado dos seus sonhos verdadeiros para cumprir um papel que a sociedade te ofereceu como a grande solução dos seus problemas. Muitas vezes somos levados com as massas a lugares que não são nossos e nunca foram nossos ideais.

Quero que pense por alguns minutos sobre o que faz seu coração pulsar mais forte e traz, de fato, alegria a sua existência. Você está em um caminho que te aproxima ou te afasta daquilo que realmente te motiva a viver? Esta é uma pergunta que devemos responder o quanto antes. Só assim poderemos recalcular a rota e aproveitar esse tempo que temos pela frente da forma mais excepcional possível. Creio que já vivemos bastante tempo desempenhando papéis que tiraram de nós o brilho da nossa essência. Como seria começar a brincar de viver?