NEM TUDO SÃO PRAZERES

28/08/2023 às 11h04
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Em meio a tanta diversidade em nosso ritmo cotidiano, existem decisões difíceis de serem tomadas, fatos que exigem de nós uma avaliação bastante profunda, com responsabilidade e porque não dizer de uma forma imparcial, uma vez que não somos perfeitos, também falhamos e muito.

Estamos habituados a conviver com os conflitos e não raras vezes tentamos nos convencer de que isso é normal, afinal de contas quem não tem problema, quem não vive entre um ou outro desafio não é mesmo!?  Abandonar uma relação da qual já não nos sentimos mais parte é com certeza uma dessas decisões que tiram o sono, roubam a paz, prolongando dias infelizes que acabam se arrastando durante anos inclusive.

Mais fácil seria se conseguíssemos deixar de lado tantos conceitos que foram sendo formatados ao longo da vida, seja pela legalidade, pela moralidade ou outro tipo qualquer de molde ao qual fomos sendo submetidos e os quais oprimem de tantas formas mulheres e homens que ainda permanecem em seus relacionamentos atuais tornando-se quase invisíveis nesse contexto por pura conformidade, falta uma conversa franca.

O medo de expor suas reais vontades e assumir as consequências de seus atos os deixa ainda mais presos, são vidas estagnadas em meio a um turbilhão de desafios que só fazem aumentar a insegurança em relação ao futuro. Mas que futuro? Será que realmente é isso que nos resta?

É o famoso ato de “empurrar com a barriga” até onde for possível. Já eu particularmente acredito que ninguém mereça permanecer nesse tipo de situação, mas infelizmente muitos de nós escolhemos isso. Sim é verdade, escolhemos! Preferimos nos anular e muitas vezes fingir que não enxergamos o sofrimento, a agonia e a ansiedade que não é só nossa, mas que está ali presente nos olhos do outro, no tom da voz, na falta de assunto, o silêncio ensurdecedor que se instala em todos os cômodos da casa e na própria alma.

Os sinais são inúmeros, mas na maioria das vezes ainda vamos escolher seguir fingindo, fugindo da realidade que grita a todo instante exigindo de nós uma reação plausível que nos levará a um outro patamar, mais sólido e menos dolorido.

Certo é que existem sim outras maneiras de se viver com mais dignidade, amor próprio e relevância no que diz respeito ao que sentimos e àquilo que estamos dispostos a fazer para melhorar o convívio sem que precisemos matar o outro em nós e deixarmos também de existir nele.

É preciso olhar melhor a nossa volta e abrir os olhos da mente, enxergar um pouco mais além. As relações estão mudando e isso é um fato inegável que só não vê quem não quer, as pessoas que buscam a felicidade em forma de plenitude já não estão mais dispostas a seguir condicionadas aos modelos tradicionais impositivos e isso vale para todos. 

Cada um de nós precisa sentir-se livre e capaz de expressar o que melhor nos convém numa relação, também é preciso saber ouvir acolhendo com respeito e tranquilidade a forma de ser e agir do outro, permanecendo juntos ou não, e isso não deve jamais ser um empecilho, mas sim uma solução!

Ser sensato sem simplesmente julgar pode fazer toda a diferença em nossas escolhas. Pessoas buscam por boas companhias, ninguém é dono de ninguém!

Sobre o autor

Claudia oliveira

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