SALVE OS PRETOS VELHOS

A VOZ ANCESTRAL QUE NOS GUIA
Neste 13 de maio, celebramos com reverência o Dia dos Pretos Velhos. Data sagrada na Umbanda e em tantas tradições de matriz africana, em que se honra não apenas entidades espirituais, mas uma herança de resistência, sabedoria e amor incondicional.
Pretos Velhos são mais do que guias espirituais. São memórias vivas de um povo que sofreu na carne, mas jamais perdeu a dignidade da alma. São anciãos que curam com palavras suaves, benzem com folhas e olhares, acolhem com silêncio e ternura. Representam a força ancestral que, mesmo após séculos de dor e opressão, segue plantando luz nos corações feridos.
Cada gesto de um Preto Velho carrega séculos de sabedoria. Cada passo arrastado é repleto de firmeza. Cada conselho sussurrado traz a potência dos que aprenderam, na humildade, o verdadeiro significado da liberdade. Eles não gritam. Ensinaram-se a falar baixinho, porque só escuta quem tem o coração disposto a ouvir.
Hoje, ao acender a vela e oferecer o café, o fumo ou a pemba, estamos dizendo: “Gratidão, Vovô. Gratidão, Vovó”. Pela força que nos sustenta. Pela fé que renova. Pelo axé que alimenta a alma e aponta o caminho.
Saravá os Pretos Velhos! Que nunca nos falte seu conselho manso, seu amor profundo e sua presença iluminada. Que saibamos honrar suas histórias com respeito, justiça e consciência. Porque quem escuta um Preto Velho, aprende a caminhar com o espírito em paz.
Saravá a ancestralidade! Saravá os Pretos Velhos!