VIVA A PLENITUDE DO QUE FAZ
Você pode investir-se no amor em uma vivência de ser, espalhando essa energia à sua volta e contribuir com a obra da criação.
Vestir-se para um Orixá; participar de uma roda ou até mesmo, envolver-se, com quaisquer atos desta natureza, nada mais é do que, vestir e vivenciar o sagrado em si, tendo a possibilidade de distribuir com o outro.
Na religião de Umbanda, quando você “incorpora”, uma entidade, nada mais é do que abrir o coração para receber uma força que vem de fora e através deste processo, auxiliar o próximo e a si mesmo.
Na religião do batuque, você pode vivenciar aquilo que há de melhor no seu ser; aquilo que vem no seu DNA espiritual, é uma forma de trazer ao mundo e distribuir a seu redor as bases da vida através de um sentimento aliado a um movimento cheio de detalhes e riquezas, desde estar escolhendo um milho e ao mesmo tempo retirando a sujeira de sua vida, mexer uma panela de pé descalço, encher e despachar uma quartinha, até vestir- se para o Orixá e dançar o Xirê.
A expressão de nossa religiosidade precisa ir além de incorporar um guia na Umbanda ou até mesmo a possibilidade de vivenciar um transe no salão, o amor está naquilo que pensamos e da maneira que externamos a nossa volta, nossa fé é uma verdadeira” ocupação de amor”, que começa no ato mais simples de vestir uma roupa de religião, cobrir a cabeça e sorrir para o mundo.
Quando nos permitimos perceber o verdadeiro sentido do rito aos Orixás, passamos a ser, dinâmicos como Bará, fortes como Ogum, capazes como Oya; justos como Xangô, guerreiros como Obá, teremos a destreza de Odé, a autocura de Ossain, a pureza de Ibejis, a capacidade de transformação de Xapanã; o amor de Oxum e Iemanjá e a paz de Oxalá.
É possível? Sim, não só é possível como é dado direito a cada de viver tudo isso, além do pé no chão do caboclo na sessão de umbanda, e muito mais do que uma possível ” ocupação” de salão.
Abrace a vida ao vivenciar com amor e humildade, permitindo que a presença do Orixá seja uma constante em sua vida, desde o momento que agradece ao abrir os olhos pela manhã; coloca um sorriso no rosto e lança um olhar de empatia para com teu próximo. Que Olorum o grande criador, os Orixás, assim como todas entidades de Umbanda possam viver em todos os momentos de nossa vida não sendo restrito a um ato litúrgico.
Texto muito bem colocado. E na umbada que encontro minha paz de espírito e amor.