INQUIETUDES QUE ME TRAZ…

06/11/2023 às 11h47
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NOSTALGIA! É isso que acontece quando algumas lembranças embora não sejam assim tão agradáveis ou possam causar ainda certo desconforto surgem para nos tirar da “zona de conforto” porque necessitam ser lapidadas, extraindo-se delas o que restar de melhor, algo que possa servir como aprendizado, ou mesmo como exemplo do que não deve ser repetido. Precisamos limpar as gavetas do coração e da mente, desempoeirar as caixas que guardam essas recordações, deixar ir aquilo que já não faz mais parte e manter em nós apenas o que agrega.  A partir desse processo, aquilo que restar te fará sorrir sem nenhum pesar.

Inquietudes que me traz…

“Fostes minha companhia, sempre presente, uma amiga perfeita, velava meu sono, espreitando meus sonhos, jamais se afastava, cuidava de mim, me consolava… Estranha cumplicidade que fez de nós duas inseparáveis! Tantos momentos, o riso, as dores, chegadas, partidas, lições de tantos amores… vividos, contidos, lágrimas e temores, mas não desistimos de nós, persistimos, sobrevivemos, enfrentando dessabores, a vida é assim traz certa desestrutura porque nem tudo são flores. Mas resistimos! Aprendemos. Chegamos até aqui. O tempo nos trouxe. Ou será que arrastou!?

Forçando barreiras, transpondo obstáculos!? Soprou como vento forte um turbilhão de emoções, anseios, vontades, todas as minhas falhas, tantas preocupações…. Meus medos. Nada era pouco, foi tudo demais, contentamento inconstante, aflição perspicaz, em tempo de perturbar…. Alertava-me! Roubando-me a paz! E ao me recordar divago, lembro de canções antigas, poemas escritos por alguém que sequer sabe que existo, nada sabe de nós, frases soltas descabidas, sem um começo nem fim mas analisei cada uma e surpreendeu-me o fato de que… faziam tanto sentido.

Palavras que completavam um texto, me contavam por inteiro, desenhavam contornos, descreviam meu SER, sem esquecerem de ti um sentimento intrigante, essa parte é confusa…. Acredito que apaguei ou apenas esqueci, fiz cessar a dor que marcava em nós. Ao menos tentei, deixei ir, neguei-me o amor, fortaleci em mim o teu existir! NOSTALGIA. Uma forma de abrandar a ausência… Lembranças que ainda doem. Ao tempo que vejo passarem os dias penso em tudo que me pertenceu, fez parte, marcou, insensível, porém retirou-se… Abandonou-me. O tempo!? Sim! Ele e o amor também. E ficamos nós duas, um eterno esperar.

Quisera sentir mais leve essa ausência que em toda parte é minha e tua, meus dias, minhas feições, as alegrias que eu tinha e que aqueciam meu corpo, moviam e removiam, pulsando cada emoção, sentimento que carreguei, no caminho larguei e hoje… por onde anda não sei e vejo que nada restou. Inquietudes, algozes de uma vida! É assim que estou agora rememorando meus dias, visitando meu passado, fazendo as pazes comigo e com ele…. Com o passado!?

Não só, também com meu coração, com minhas intimidades, os anseios disfarçados, desejos esquecidos, vontades que escondi quase que por completo. Lapidei meu sentimento, acalmei meu coração, compreendi nossas fugas. Eu me pus em tuas mãos e abri mão de meus conceitos, tornei dúbia minha própria crença, ultrapassei meus limites sem conhecer os teus. E ainda segue a meu lado, sendo tudo que sobrou, te mostrando assim sem máscaras, escancara teus motivos, cassoa de mim, julgando-me frágil.

Na verdade, não sou! Essa é apenas a maneira que encontrei de sentir falta do amor, lembrar de cada momento, saber que não me pertence e ainda assim mantê-la comigo, um jeito de não estar só, foi tudo que me restou e mesmo que não entenda te peço que segure minha mão, cante comigo, recite meus versos, cada um dos poemas que fiz em nome do amor, esse que não era meu e hoje em lembranças é nosso, e te digo que sorria, farei o mesmo contigo pois da alegria o que resta revivo através de ti…”.

Sobre o autor

Claudia oliveira

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