O EGO EM DUAS PERSPECTIVAS: PSICOLOGIA E ESPIRITUALIDADE

04/10/2023 às 10h30
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Quando o assunto é o Ego, muitos questionamentos surgem à tona. Entenda, não sou psicóloga e meu olhar é como terapeuta integrativa e minha jornada espiritual me levou a compreender o Ego de uma maneira diferente da abordagem psicológica, mas a intenção não é excluir nada, afinal, tudo faz parte, assim como o ego e suas visões.

Compreendendo as diferentes faces do ego

A compreensão do Ego não se dá por significados diferentes, mas sim pela contextualização em que ele é apresentado. É importante perceber que o termo “Ego” pode ter diferentes conotações em diferentes contextos. No decorrer deste artigo, vamos explorar duas versões do Ego que fazem sentido para mim, como mencionei no início.

As duas versões do ego: Psicológica e Espiritual

Para esclarecer, o Ego pode ser visto sob duas perspectivas: a psicológica e a espiritual.

Estas abordagens são distintas, mas ambas têm um papel importante em nossa jornada de autodescoberta, porque ambos podem nos guiar e o importante é perceber em que momento cada versão te ajuda.

O Ego na Psicologia

Na psicologia, o Ego é definido por Freud como um centro funcional da psique, atuando como o nosso centro psicológico. Ele desempenha o papel de um organizador do “Eu”, permitindo-nos interagir com o mundo e moldando nossos valores e comportamentos, onde a mente é dividida em três partes: o Id (instinto), o Ego (mediador) e o Superego (censor da moral).

Portanto, o Ego, atua como um equilibrador entre os impulsos naturais e instintivos do Id e as normas sociais e morais impostas pelo Superego, sendo essencial para o funcionamento mental saudável e o equilíbrio psicológico.

É um apego do que acredita ser, da história que contaram a você e mais, da que você conta a você mesmo e a defende a qualquer custo, sem importar valores, cria resistência, julga certo ou errado. É como uma personalidade criada, completamente desalinhada do seu Ser, da sua Essência. Este ego faz sentirmos superioridade ou inferioridade aos outros e as situações, nos faz comparar, nos faz querer ser “bonzinhos” para sermos aceitos, nos faz, muitas vezes sermos agressivos, enfim, ele é “desorientado” (risos), eu gosto de falar que ele é danado, afinal ele só está desgovernado.

O Ego na Espiritualidade

Para a espiritualidade esta personalidade criada, a qual você acreditou a vida inteira, é uma versão, muitas vezes, ilusória, limitada de si mesmo. E ao acreditar a qualquer custo nesta personalidade “idealizada” é um empecilho para seu despertar, para encontrar a sua alma, seu ser, sua essência.

Desconstruindo o ego na jornada espiritual

Para a espiritualidade, a desconstrução desse Ego é fundamental. É necessário compreender como ele foi construído, como influencia nossos pensamentos, ações e sentimentos. Somente através da observação de nossos padrões podemos identificá-lo e, eventualmente, controlá-lo.

Por isso é necessário da desconstrução deste Ego, somente assim descobrirá sua verdadeira natureza.

Libertando-se do poder do ego

Com o tempo, podemos perceber que temos o poder de escolher não ceder aos impulsos prejudiciais do Ego. Ele não desaparece por completo, mas com observação e amor próprio, perde sua força sobre nós. Não alimentar o Ego é o caminho para a paz e a evolução.

Para esta desconstrução é necessário saber como este Ego foi construído, como ele opera em você, de que maneira ele atua sobre você, seus pensamentos, ações e sentimentos. É preciso muita observação de seus padrões (e dos outros também) para poder identificá-lo, para depois, saber controlá-lo. Somente assim terá liberdade, fará escolhas mais conscientes, terá relacionamentos mais saudáveis, evitará discussões, impulsos.

Terá clareza de que ser guiado pelo ego não é nada evolutivo. Sua vida começará a ter uma paz que te motivará a cada dia, a cada momento, seguir no seu caminho evolutivo. Terá liberdade e guiará sua vida!

Conclusão

Na minha experiência este ego, não desaparece, não é eliminado, apenas controlado, adormecido e em alguns momentos ele tenta te dominar novamente, é preciso coragem, determinação e muita, muita observação para se manter no caminho evolutivo, afinal somos humanos, temos muitas memórias, muitos programas atuando sobre nós.

Embora o impulso do ego possa persistir, com a observação, ele fica silencioso à medida que despertamos para quem somos além do ego. É só não dar o poder a ele: Não alimente o Ego.

Quanto mais amor tiver em sua vida, mais compreensão do Todo e observação, ele perde a força, começa a desaparecer e gradativamente se descontrói. O importante é seguir, saber que ele existe e que você pode controlá-lo, se assim desejar uma vida cheia de inspiração, amor e evolução!

Sobre o autor

Danielle Bento

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