SILÊNCIO QUE DIZIA TUDO…
Somos todas peças únicas nesse tabuleiro gigante que é a VIDA! Existir não é apenas uma forma de estar presente em nossas relações, existir é ser parte fundamental de tudo aquilo que acontece com cada um daqueles a quem amamos, é marcar com a sensibilidade necessária a vida do outro, fazendo entender que realmente estamos ali, juntos, dispostos não apenas a falar quando precisamos, mas, também a ouvir quando se faz necessário.
E é exatamente aí que está, muitas vezes oculto, um dos pontos mais frágeis do ser humano, não saber ouvir e entender “aquilo que não é dito” mas que pode sim ser visto e identificado quando olhamos com atenção, observando atentamente certas mudanças de comportamento por exemplo.
Devido a uma rotina agitada, tantos fatos corriqueiros, coisas sem importância, “achaques” como se costuma dizer, por vezes não costumamos dar muita importância quando alguém que é próximo a nós começa a se distanciar, deixa de conversar, passa a forçar um sorriso, não quer mais sair, costuma dormir demais, ficar muito sozinho, muda seus hábitos de uma maneira muito repentina.
É comum pensar que a pessoa apenas está triste por alguma razão que em breve deixará de existir. Pode ser o término de um relacionamento, dificuldades no trabalho, falta de dinheiro, problema com os filhos, com algum familiar, alguma frustração que desconhecemos, ou pode até ser um misto disso tudo!
Fato é que sim, essa é uma forma de sentir-se triste, desencorajado, sem uma motivação maior para seguir a diante e isso é muito importante. Existe algo bem maior e que costuma surgir dessa tristeza toda, e é quando a pessoa em questão não está apenas sem motivação para fazer algo legal e melhor, voltar a sorrir, mas sim está se utilizando inconscientemente dessa tristeza para buscar formas de deixar literalmente de viver, abrir mão de existir, atentar contra si mesmo. Esse é o maior de todos os riscos que essa tristeza, essa dor, esse vazio, essa inconstância de comportamento pode acarretar a qualquer um.
Essa forma inconsciente de ver e sentir tudo acontecendo de um jeito ruim passa a habitar a mente e começa a controlar os instintos fazendo com que as ideias surjam, deixando de lado a razão e os sentimentos que até então serviam de base para viver e procurar motivos para ser feliz. Nesse ponto a vontade de seguir em frente já não existe e a razão se retirou.
O amor pela vida acaba quando a pessoa se sente sozinha, sem rumo, sem esperança alguma, e chega a ser curioso porque em muitos casos essa pessoa ao nosso modo de ver “nem parecia ser triste”, “era só o jeito dela “, “tinha uma vida boa”, “uma família linda e feliz”, “não faltava nada”… Será!? Até que ponto você realmente acredita nisso?
Quem comete suicídio nem sempre expõe suas razões ou motivos, ao contrário, talvez seja mais fácil esconder, disfarçar, seguir sofrendo sozinho até que o fim realmente chegue. Porque ficar dando explicações além de já ter que carregar em si um turbilhão de horrores sabe-se lá por quanto tempo?…
Através dessa leitura dedique-se você também em fazer a diferença na vida daqueles que estão à sua volta, independentemente do tipo de relação, saiba ser realmente próximo, mais habilidoso ao observar o outro. Aprenda a reconhecer a dor disfarçada em um sorriso, o adeus que muitas vezes é dado em forma de um “ a gente se vê por aí”… talvez seja a última vez!