UM OLHAR FILOSÓFICO SOBRE A VIDA

06/09/2023 às 09h02
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Qual o propósito e sentido da vida? É fazer escolhas acertadas, o que para Platão era virtude da prudência; ou seja, aquele que escolhe ou faz acertadamente.

O presente artigo aborda questões inerente a existência humana. Enumerei algumas as quais julgo essenciais para a construção da vida de pessoas em sociedade, e que contribua para o autoconhecimento. 

  1. Espiritualidade, reflexão
  2. Compaixão, fraternidade
  3. Gentileza, bondade
  4. Empatia, altruísmo
  5.  Esperança, motivação
  6. Tomada de decisão
  7. Medo, ansiedade, depressão
  8.  Objetividade, estabelecer o seu ideal
  9. Descobrir que ser humano você pretende ser e como quer ser lembrado
  10. Valorizar o tempo, procurar ser grato.

Dando sentido à vida, você estará escolhendo de como quer ser lembrado. Em algum momento você se perguntou qual é o seu propósito? Quais dessas dez perguntas acima você fez a si mesmo em um dado momento de sua vida?

Seguindo a ordem da enumeração dissertarei pontuando cada questão acima e sugerindo reflexões sobre a sua importância em nossa vida.

01) Espiritualidade: o Ser humano é um Ser espiritualizado. Desde a nossa concepção somos indivíduos conectados.  No ventre materno somos conectados pelo cordão umbilical, e após o nascimento somos conectados ao transcendental, o que chamamos de energia maior ou Deus; nesse contexto muitos perguntam: quem sou, de onde venho, para onde vou?  Vale lembrar que espiritualidade não é religiosidade. Espiritualidade é a evolução, e evoluímos quando estamos conectados com tudo que há de melhor no universo; uns chamam de deus outros chamam de energia maior. Não importa como o chama, o importante que estejamos conectados com essa energia, nos bastecendo, e isso é de todos nós.  

Muitos são os que se vivem em grande conflito existenciais; e são muitos os que buscam o sentido da vida de diversas maneiras. As pessoas procuram significado em diversos aspectos da vida.

02) compaixão, fraternidade: A fraternidade expressa a dignidade de todos os homens, considerados iguais e assegura-lhes plenos direitos (sociais, políticos e individuais).

A compaixão: Todo Ser humano traz consigo essa virtude, (salvos as exceções (os desprovidos de empatia)). A História da humanidade nos confirma que somos Seres dotados de altruísmo. Quando dedicamos a nossa virtude nesse sentido estamos manifestando o sentimento de compaixão. Desde um simples gesto de estender a mão ao outro no sentido de ajudá-lo. Compaixão pode ainda, ser descrito como uma compreensão do estado emocional de outra pessoa. Não deve ser confundida com empatia. A compaixão frequentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser senciente, bem como demonstrar especial gentileza para com aqueles que sofrem.

03) Gentileza, bondade: Gentileza não é o mesmo que bondade, entretanto, ao praticarmos uma gentileza esse ato soa como expressão de bondade. Por exemplo: se uma pessoa estiver carregando um peso acima de sua capacidade de suportá-lo e você o ajuda, esse ato é também um ato de bondade, muito embora você não manifeste algum sentimento altruísta, ainda assim, o seu gesto foi de bondade para com essa pessoa e não somente um ato de gentileza movido pelo bom senso.

(Um estudo da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, publicado no The Journal of Positive Psychology, descobriu que realizar atos de gentileza leva a melhores resultados do que técnicas terapêuticas tradicionais usadas para tratara depressão ou ansiedade.

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/saude/gentileza-gera-gentileza-como-atos-de-bondade-podem-curar-a-depressao).

04) Empatia, altruísmo: Diretamente ligada aos valores básicos do Altruísmo, a empatia é um sentimento presente em quem consegue se colocar no lugar de outro indivíduo; o sentimento de empatia é, muitas vezes, o responsável por tornar as pessoas cada vez mais conscientes dos próprios atos, sobre como tais atos podem afetar outras pessoas e o ambiente que os cerca. Por exemplo: local de trabalho, na vida pessoal, social e no meio ambiente em que se vive; a empatia faz diferença em qualquer relação, construindo ambientes mais compreensivos, amorosos e com maior sensação de bem estar. Em você e no próximo, estimule a empatia! Contagie a realidade que o cerca, respeitando os sentimentos alheios e, principalmente, se esforçando para ajudá-lo.

O Altruísmo é caracterizado pelas atitudes que um indivíduo dedica para o bem do outro. Também oposto ao egocentrismo, o altruísmo tem seus valores estimulados nas religiões, mas não depende delas para ser praticado. Pessoas altruístas acreditam no poder da filantropia e da solidariedade, e são compromissadas em ajudar na construção de uma sociedade mais justa, por meio de ações realmente efetivas. Por altruísmo ou empatia somo nós os responsáveis para que haja sociedades justas, e consequentemente um mundo melhor.

05) Esperança, motivação: Quem tem esperança faz mais do que esperar; esperança é um processo motivacional que assume que todo comportamento humano é baseado no esperado.  o que significa mesmo a esperança? Sob a luz da psicologia positiva a Esperança é o sentido da vida, o que não quer dizer que ela seja passividade e tampouco é somente uma emoção boa. É acreditar, é ação, é motivação; vem do verbo esperançar.

A esperança envolve a vontade, a perseverança e as maneiras diferentes de se chegar aos objetivos. A Psicologia Positiva reconhece sua importância para o bem-estar e a felicidade. Quem perde a esperança, não encontra mais sentido na vida, por isso, o antônimo dessa palavra é desespero, desapontamento ou desamparo.  O Phd. Charles Snyder, o maior pesquisador sobre o tema, mostra em seus estudos que a esperança é incompatível com a ansiedade e a depressão (…).

A psicologia positiva aponta a importância da esperança, em relação às pessoas que atentam contra a própria vida, pois, a última coisas que elas perdem é a esperança. Por isso aquele ditado popular que diz “A esperança é a última que morre”.

06) Tomada de decisão:  é um processo cognitivo que resulta na seleção de uma opção entre várias alternativas. É amplamente utilizada para incluir preferência, inferência, classificação e julgamento, quer consciente ou inconsciente. Existem duas principais teorias de tomada de decisão – teorias racionais e teorias não racionais- variando entre si num sem número de dimensões.

Teorias racionais são por excelência normativas, baseadas em conceitos de maximização e otimização, vendo o decisor como um ser de capacidades omniscientes e de consistência interna. Teorias não racionais, são por excelência descritivas, e têm em consideração as capacidades limitantes da mente humana em termos de conhecimento, memória e tempo. Utilizam heurísticas como procedimento cognitivo, fornecendo uma estrutura mais realística dos processos de tomada de decisão (…).

A tomada de decisão consiste no processo decisório da escolha dentre as alternativas possíveis, ou seja, opções já pré-existentes.  a importância da tomada de decisão está, principalmente, na capacidade de fazê-la assertivamente.  O importante é não ter medo de fazer escolhas. O risco também faz parte do processo.

( https://pt.wikipedia.org/wiki/Tomada_de_decis%C3%A3o)

07) Medo, ansiedade, depressão: Existem momentos na vida em que as pessoas se deparam com grandes eventos que abalam ou destroem seus modos de vida, e, consequentemente, ficam desorientadas e lutam para recuperar o equilíbrio emocional ou psicológico.

Pessimismo, reclamações constantes, medo irracional e posturas indecisas ou desanimadas costumam ser indicativos que a saúde mental de alguém não vai bem.

A ansiedade, pânico e a depressão, são alguns dos mais recorrentes transtornos emocionais. E essas disfunções psicológicas causam muita dor e sofrimento. Por essa razão, não raras as vezes, eles vêm acompanhados de sintomas físicos e geralmente estão associados à um quadro de depressão. Quadros graves de depressão têm levado muitos ao suicídio. 

Mesmo que a depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico sejam todos distúrbios de ordem psicológica, eles apresentam características diferentes. As três condições fazem parte de uma grande variedade de transtornos mentais; os quais são diagnosticados por psicólogo e psiquiatras.

08) Objetividade, estabelecer o seu ideal: Quando você parar, em um dado momento, para refletir sobre a sua vida e perguntar a si mesmo qual é o seu ideal de vida, e verificando, constata que ela é vazia de sentido, e por esta razão você decide que precisa fazer algo para mudá-la; então, é nesse exato momento que você estabelece essa mudança. Portanto, você precisa, a partir desse momento construir a sua vida, visando o seu ideal; mas para isso é preciso que você estabeleça qual é o seu. A sua primeira conjectura é se perguntar aonde você quer chegar com isso. É importante que toma as dificuldades como desafio, tornando-as como lições de vida, e se sinta um desafiador.  O seu objetivo é a construção de si mesmo, você agora constrói a sua vida dando-lhe sentido, tornando-a mais empolgante, você tem uma meta; e esse sentido só alcança a sua plenitude quando você compartilha a sua experiencia.

09) Descobrir que Ser humano você pretende ser e como quer ser lembrado: “O conhecimento é o ato de entender a vida”. “Ser quem és sabendo”!

Se você é daqueles que valoriza o ter e pouco consegue preocupar-se com o ser, acho que já está na hora de você começar a repensar o seu conceito de ser. E a partir daí descobrir que ser humano você quer ser lembrado. É importante que olhe para dentro de si com um olhar de respeito, bom saber que na busca do autoconhecimento faz-se necessário levantar alguns questionamentos; como os quais: quem sou? Qual o meu papel? Que devo fazer para dá significado a minha vida etc.

É preciso que conheça quais são seus medos, desejos, sentimentos por si e pelos outros. Então, compreenderá que só através da evolução que você identifica o seu ideal de vida, que é a busca diária de ser uma versão melhor de si mesmo. Buscar o conhecimento, estabelecer meta será o foco dos seus objetivos. A melhor coisa a se fazer é crescer como ser humano.

10)Valorizar o tempo, procurar ser grato: O nosso desenvolvimento se dá em função do tempo. O tempo como intensidade não é o tempo cronológico medido no relógio é o tempo da alma humana, nesse sentido, uma pessoa que de repente vai percebendo qual é a sua função na vida ela dedica seu tempo dando sentido à própria vida; ela não perde seu tempo, e aquilo que ela se aplica exteriormente: na arte, na ciência, no direito, na política e nas relações afetivas: família, ela vai dando intensidade, e de certo modo, aquilo que ela faz é enriquecido, tendo um sentido de eternidade. Essa melhoria moral do ser humano, essa aproximação do ser humano aos arquétipos naturais: a justiça, a beleza ela vai enriquecendo o ser humano desde dentro.

O que é o tempo diante dessa percepção?

Percebe-se que o tempo aqui ganha uma conotação de relatividade. Sabemos que existe um tempo físico que não depende de nós, mas, também, existe um tempo interior, e este sim, depende de nós. Ocorre que, nem sempre sabemos fazer um bom aproveitamento do nosso tempo, e essa constatação sugere-nos uma indagação: nós estamos vivendo ou será que só estamos existindo?

Falarei, também, da gratidão, conforme sugere o tópico.

A gratidão, como definição do termo: qualidade de quem é grato. É o sentimento de reconhecimento, é a emoção de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor etc.; agradecimento. Em um sentido mais amplo, pode ser explicada também como recognição abrangente pelas situações e dádivas que a vida lhe proporcionou e ainda proporciona. A gratidão é uma espece de dívida que ocorre sempre que alguém faz algo que o outro gostaria que acontecesse, sem esperar nada mais em troca, e isso faz com que a pessoa que fez a ação se sinta feliz e do mesmo modo a que recebeu. A gratidão traz junto dela uma série de outros sentimentos, como amor, fidelidade, amizade e muito mais; entende-se que a gratidão é um sentimento bastante nobre.  Devemos cultivá-lo, sempre; desse modo estaremos contribuindo para nossa evolução. E você mantem ativado o seu dispositivo desse sentimento? A nossa vida só tem sentido quando damos significado a ela (destinar as nossas ações em prol do bem comum. Devemos nos colocar, sempre, no lugar do outro; cultivar o sentimento de gratidão, de justiça e de solidariedade, desse modo estaremos nos respeitando e respeitando o outro. Devemos, também, compartilhar as nossas experiências, para que desse modo, o nosso aprendizado possa ter valido a pena). Então, é somente deixando florescer as roseiras do bom senso, do altruísmo, do autoconhecimento que o jardim da vida deixa de ser uma mera existência de espinheira.

Sobre o autor

Valda Fogaça

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