AFINIDADES
Estimado leitor/a… Em tantas oportunidades durante uma vida inteira, somos surpreendidos por circunstâncias que podem parecer alheias às nossas vontades ou expectativas.
Naquilo que diz respeito aos sentimentos, ao amor mais especificamente não é diferente. Nos dias de hoje é bastante corriqueira a comunicação entre as pessoas pelo modo virtual, através das redes sociais, utilizando das mais diversas ferramentas disponíveis na rede.
Nesse ambiente em que praticamente tudo é possível e permitido nos expomos, falamos sobre tudo, somos extrovertidos, alegres, descontraídos e leves, nos mostramos completamente capazes de entender e assimilar diversos tipos de assuntos, temos o domínio sobre nós mesmos e quase nunca demonstramos nossas fraquezas. Pelo menos é isso que deixamos transparecer.
Assim vamos “vendendo” uma imagem, uma personalidade que nem sempre condiz com aquilo que realmente somos ou sentimos. Quando se trata de entender o que verdadeiramente acontece dentro da gente fica um pouco mais difícil. Por vezes nos sentimos inseguros e incapazes de falar sobre nós, principalmente quando nos vemos diante do surgimento de um amor, por exemplo, uma emoção mais forte, arrebatadora que pode até nos desestabilizar.
Quem nunca!?
Esse é o tipo de sentimento que acontece ou pode se apresentar sem anúncio, sem alarde, na quietude e remanso de um dia qualquer, mas o complicado mesmo é quando surge de um modo introspectivo, criando raízes e se desenvolvendo em apenas um coração, um corpo só, alguém que passa a amar e “alimentar” esperanças sozinho/a, isso dificulta tudo porque independentemente das razões existem pessoas que levam esse sentimento consigo por toda uma vida, jamais se declaram e seguem cada passo da outra pessoa como se fosse um filme, acompanhando tudo, sofrendo ao longe, em profunda agonia, quase que em desespero, eu me arrisco em dizer.
Certo é que não existe uma fórmula mágica para mudar isso e tornar mais fácil a vida de quem ama. Mas acredito que vale uma dica importante, quase nunca falha desde os tempos do colégio… Conversar, contar para um/a amigo/a em comum o que está acontecendo conosco, sempre existe alguém em quem confiamos, e da mesma forma tornar-se mais perspicaz e ouvir com sinceridade quando alguém fala conosco sobre esse assunto porque cada um de nós pode ser de fundamental importância para que um verdadeiro amor aconteça e torne felizes duas pessoas, pode ser que o amor surja mais forte no coração de um e o outro/a nem perceba ou se percebe também se sentindo inseguro e incapaz não fala, não se aproxima, não vive.
Não vai amar quem realmente gostaria que estivesse ao seu lado! Um tempo perdido, seres que se distanciam e talvez um dia entendam que poderia ter sido tão diferente.
Na maioria dos casos essa percepção chega muito tarde. Cometemos o triste erro de pensar que o outro sabe exatamente o que está acontecendo conosco, em nós. É preciso entender o que vai em nosso íntimo, em nossos corações e acima de tudo compreender que tem gente que só entende o que é dito com todas as letras… DESENHADO! AMOR é AMOR! Amizade, cumplicidade, respeito, carinho isso tudo é muito lindo, mas jamais se confunde. Sendo assim se você ama no intuito mais completo e profundo de relacionar-se intimamente, deixe o outro entender isso também. A atitude em dar o primeiro passo é de um, mas a decisão em levar esse amor adiante ou não, depende dos dois. AFINIDADES sempre aproximam, mas nem sempre bastam!